Por Rogério Feijó
Quando aceitei o convite de levar adiante o espaço semanal em um blog para falarmos sobre futebol (GRENAL) e Futebol de Mesa, eu tinha consciência que não seria fácil e cheguei a pensar em recusar o convite, sabem como é às vezes, você tem a idéia na mente, mas repassar na integra aquilo que pensou não é uma tarefa fácil, existe um longo caminho a percorrer da sua mente até o teclado. Nesta penúltima coluna do ano pensei em alguns tópicos para que todos nós pudéssemos refletir sobre o significado do Futebol de Mesa nas nossas vidas, pensei... pensei...(vejam só como eu me esforcei) e cheguei à seguinte conclusão:
FUTEBOL DE MESA NA VEIA
1) A melhor maneira de você jogar botão é com seus amigos que gostem de JOGAR;2) Amigos são todos aqueles que gostam de compartilhar com você momentos de descontração e de puro raciocínio misturado a lógica e outras cositas, mas (tipo bolinha que rola e vai ao Gol);
3) Competir é algo saudável e muito positivo, por isto respeite seus amigos;
4) Ninguém joga BOTÃO SOZINHO, evite comentários desagradáveis e desnecessários;
5) Quando uma mesa não estiver em condições de jogo isso é para os dois Botonistas, por mais CRAQUE que você possa ser (ou pensa que é), não reclame da mesa, jogue botão pelo simples prazer de jogar botão, até porque todo jogo tem uma regra e se tem regra é com ela que devemos nos preocupar se for o caso;
6) Não conheci até hoje nenhum botonista sem condições de colaborar na sua ASSOCIAÇÃO, todos podem e devem colaborar, com a tabela ou com a limpeza, ou seja lá no que for, somos todos capazes os incapazes, são aqueles que ficam na ZONA DE CONFORTO só jogando pedras que destroem o que os outros querem manter em pé;
7) Fazer parte de uma associação significa que você pode trazer a sua contribuição, não leve apenas os seus botões para passear, PARTICIPE. CREIA, VOCÊ consegue PARTICIPAR e melhor do que conseguir isso, você vai sentir orgulho da sua contribuição;
8) Nós Brasileiros estamos acostumados que alguém faça para que possamos criticar, e normalmente esquecemos que temos um telhado de vidro, somos todos humanos e desta condição ninguém vai nos tirar;
9) Quando você perder, lembre que perdedor é aquele que pensa que só ele vai GANHAR, não crie o perigoso hábito de apitar o jogo, pois o jogo não lhe pertence, todos são capazes de lembrar de quando éramos crianças (muitos criávamos regras para vencer aos que nos davam atenção);
10) JOGAR BOTÃO É ARTE DE SER FELIZ, CURTINDO COM SEUS AMIGOS A IDÉIA DE QUE VOCÊ COMANDA GRANDES ASTROS DO FUTEBOL MUNDIAL. EU VI O FUTEBOL DE MESA SALVAR UMA VIDA, E SE SALVOU UMA PODE SALVAR MUITO MAIS, NÃO SEJA EGOISTA. TODAS AS REGRAS DO JOGO DE BOTÃO SÃO REGRAS QUE MERECEM TODO O NOSSO RESPEITO.
LEMBRE-SE QUE O SACI É LEVANTADOR DE MUITA PAZ E SOLIDARIEDADE, DESEJAMOS A TODOS OS BOTONISTAS E SEUS FAMILIARES MUITA SAÚDE E MUITAS ALEGRIAS NAS MESAS E FORA DELAS,
ETERNAMENTE GRENAL
Na última quarta feira nosso camarada editor, expressou um sentimento que para todos nós desportistas é muito natural, pois quando não vencemos nos apegamos aos fracassos e derrotas do nosso rival ainda mais aqui do Rio Grande do Sul entre o Grêmio e o Inter.
Se não vejamos, recordo muito bem que quando comecei a torcer pelo Inter isto lá na década de 70 com mais ou menos 6 anos de idade.
O INTERNACIONAL estava em alta, a recém havia inaugurado o Beira Rio e para minha alegria assisti ao Octa Campeonato Gaúcho, o Bi Campeão Brasileiro e o vice da Libertadores (anos duros aos co-irmãos Gremistas). Passados alguns anos o Grêmio deu volta por cima e conquistou o Gauchão, o Brasileiro na década de 80 e foi Campeão da Libertadores e da Copa Intercontinental o que alguns chamam de copa Toyota, mais alguns anos e o Grêmio vinha mantendo a sua hegemonia que com toda certeza teve uma importância muito grande na vida daqueles que peleavam e não alcançavam algo de bom... Não é nada fácil estar do lado de baixo da gangorra.
Na década de 90 o Grêmio reconquistou a Libertadores e alcançou o vice campeonato Intercontinental, ganhando algumas vezes a Copa do Brasil e mais um Brasileirão, anos terríveis para nós colorados que sofríamos nas mãos dos Gremistas, todos sabemos que existe uma gangorra para nivelar esta PAIXÃO por nossos Clubes, pelo que vejo a gangorra quebrou e só está pendendo para um lado.
O novo milênio chegou com várias conquistas coloradas, não vou enumerar, pois o blog pertence a um gremista e em respeito a isto então só vou dizer que em 2006 conquistamos a Liberta e o MUNDIAL FIFA num novo formato muito mais interessante, em 2010 reconquistamos a Liberta e no Mundial FIFA alcançamos o honroso 3º lugar.
O Mazembe Day, nada mais foi do que uma mágoa externada por aqueles que escutam há anos “ ÃOÃOÃO, SEGUNDA DIVISÃO ”, não sei se isto é uma coisa positiva (não gosto disto), como eu já escrevi antes EU TORÇO PARA O MEU CLUBE, mas aceito por ser um democrata esta coisa de zoação, beleza, todos tem direito a CORNETA e a flauta faz parte desta rivalidade que deve ser levada na base do respeito, tudo é válido e como diz o poeta “ Tudo vale a pena quando a alma não é pequena ”.
O calendário da corneta é extenso e todos sabem que atualmente ele pende muito mais para um lado do que para o outro.
Quanto o final de ano para a dupla Grenal, parece que agora vai, os azuis estão comemorando como se fosse título cada uma das suas contratações, e querem a todo custo ganhar o CAFEZINHO, para começar bem o ano.
Quanto ao Inter, algumas dispensas importantes, a reposição deve ser melhor, pois a meu ver tínhamos muitas uvas no elenco, repito, precisamos de um XERIFÃO, alguém que saiba se impor na ZAGA, precisamos de um ala esquerdo e alguém que saiba defender e armar os contra-atraques, e para os gremistas mais uma coisa, FORÇA NA SECAÇÃO.
Para finalizar eu realmente me solidarizo aos meus amigos gremistas, pois o PAULO ODONO, agora caprichou na esperteza e contratou o CARA, SORONDO irá comandar o DM até porque esta contratação foi feita por algum médico do Grêmio (esse O PAPAI NOEL vai entregar na AZENHA no dia 25/12/11). Se continuarem nessa toada vamos ter mais uma data no calendário da Corneta, cuidado.
Fuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii,
Feliz Natal é o desejo do SACI.
NA AVALANCHE
Por Cristian Costa
Final do Mundial – Categorias de base - Grêmio
Eu tenho uma teoria. Já a revelei no meu extinto blog no dia que o Real Madrid estraçalhou o Tottenhan nas quartas da Champions. Os merengues estão um degrau acima de todos os times do mundo. E os netos do Mazembe estão um degrau acima do Real Madrid. Também já escrevi que considero este time dos Culés (de 2009 pra cá) o melhor de todos os tempos, pelo menos dos que eu vi jogar.
Isso demonstra como o time do Santos é bom. Pode até ter tomado um chocolate, mas houve falhas individuais nos primeiros gols dos netos do Mazembe. Se bem que podemos analisar o jogo por outra ótica: os gandulas da partida tiveram mais posse de bola que os Meninos da Vila. Também é verdade observar que a imposição técnica dos Blaugranas induziu os zagueiros e volantes santistas ao erro, pois a bola estava sempre por ali.
Não sou muito fã do Caio Maia, mas gostei da coluna dele na segunda-feira no Trivela. Eu compartilho dessa opinião.
Entro novamente no assunto Categoria de Base. Daqui a pouco tempo, o Grêmio provavelmente vai sentir o reflexo da divisão econômica da TV. Talvez consigamos equilibrar as coisas financeiramente com Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Vasco, Santos, São Paulo (principalmente os dois primeiros) em função do novo estádio e de uma avalanche de sócios, ou com algum aporte financeiro de um ou mais mecenas. Podemos, mas ninguém garante isso, ou garante?
Entretanto, eu garanto que com uma Categoria de Base forte e moderna podemos copar com as maiores forças do país.
O Gothe escreveu sobre o profissionalismo no setor. Eu tenho a tendência de acreditar nele, apesar de alguns fatos deporem contra. O Grêmio tem um volante paraguaio na sub-19. Foi titular o campeonato gaúcho inteiro. Às vésperas do brasileiro da categoria trouxeram (empresários obviamente) um menino do Mato Grosso. O cara foi titular absoluto na competição. E não joga simplesmente nada.
Aí começo a ficar com um pé atrás. Mas vamos projetar o futuro. Uma estrutura profissional exige técnicos da melhor qualidade. Por exemplo, contratar um Cilinho. Exímio revelador de talentos. Mas ganharia uma fortuna ou jamais admitira treinar jogadores de categoria menor. Então, pronto, deem a ele um cargo: coordenador da base. E paguem a este profissional (o Cilinho foi só um exemplo) um salário dez vezes maior que pagam ao treinador do clube principal.
Há muitos anos, o Boca Juniors era exemplo de revelação de jogadores (estou falando do final de década de 90). O supervisor do sub-13, e das demais categorias do clube, ganhava 50 mil dólares por mês, ou seja, tinha uma baita de um salário. E o time argentino tinha o principal, uma filosofia na formação de novos jogadores: o talento em primeiro lugar. Não se importava com resultados em competições ou com o aspecto físico dos jogadores.
O Real Madrid, por exemplo, tem uma ótima categoria de base, só não aproveita. Dois exemplos rápidos. O Etoo era da base dos Merengues – nunca vestiu a camiseta do clube como profissional. O Graneiro, meia, também. Como não teve chance no clube foi jogar no Getafe. Dois anos depois o Real o “recomprou” por quatro milhões de euros.
Porém, essa é a filosofia do Real, investe na base, mas gasta milhões (até por que tem todo esse dinheiro) para comprar estrelas afirmadas. Outra diretriz do clube é só ter até os 14 anos jogadores de Madri ou arredores. Conforme os coordenadores da base dos Merengues, eles preferem não afastar pequenos jogadores de perto das suas casas.
Nós não temos esse conceito. O Grêmio, como todos os demais clubes brasileiros, trazem garotos de qualquer canto do país. Entretanto, não conseguem ter a mesma eficiência para buscar jogadores em países vizinhos.
Sei lá se isso é fácil ou difícil, mas como clubes belgas e holandeses (às vezes com menor poder aquisitivo que os gigantes brasileiros) conseguem rastrear jovens jogadores em outros continentes como África e América do Sul.
Talvez por saberem que esta é a sobrevivência deles. Depois vendem para os gigantes da Europa e vão se sustentando com algum sucesso nas competições europeias.
Para finalizar, outra questão também. Jovens promessas. O Kagawa, meia e baita jogador do Borussia Dortmund, foi comprado no Japão por meros 350 mil dólares. No Brasil, nunca se investe em mercados alternativos, pois os exemplos anteriores não foram bons. E aqui dirigente joga pra torcida e não saiu do trivial: contratar jogadores no mercado vizinho (América do Sul).
Na próxima coluna vou me ater as contratações do Grêmio, muito boas, por sinal.
Olimpíadas
Handebol Feminino: Brasil chega em quinto no mundial, vence quatro seleções europeias na campanha e aumenta a expectativa para Londres.
As aventuras de Cristian Costa
Depois do “sucesso” das Aventuras de Cajú, a partir de hoje, meus queridos quatro leitores, vocês irão conhecer um pouquinho das aventuras e desventuras da minha vida. Todas as histórias serão reais, algumas sem precisar data ou local para não interferir na privacidade de terceiros.
Vamos começar com uma bem leve e que tem a ver com futebol de mesa.
Em 1990, voltei a morar em Alegrete. Pra minha sorte, tinha botão lá e eu comecei a jogar na associação local. Meses depois, fomos disputar o veterano e juvenil em Guaíba. Como só existiam quatro lugares no carro e todos eles estavam ocupados, eu e o Roger Severo viemos de ônibus para Porto Alegre.
Eu parei nas minhas tias na João Pessoa e ele ficou no irmão dele, pertinho do antigo Moby Center, na fronteira da Cidade Baixa com o Menino Deus.
Nós dois compramos a passagem de volta já na chegada e em vez de optar pelo ônibus da noite de domingo, adquirimos os bilhetes para o horário das 16h.
Nem eu, tampouco o Róger, chegamos as finais do torneio (ganho pelo Alam diga-se de passagem), mas mesmo assim fomos lá ver o Fabrício e o André (filho do seu Luis Cairo jogarem) pois eles estavam classificados para as quartas de final. Os dois perderam, mas a gente ficou para o almoço.
Foi aí que eu avisei o seu Domingos do horário do ônibus. E pior, as malas (minhas e do Róger) estavam na minha tia e ainda teríamos que passar lá antes da Rodoviária.
Eles ficaram de papo e a gente saiu atrasado de Guaíba. Antes de chegar ao prédio das minhas tias, elas já estavam com as nossas malas na porta e uma cara de poucos amigos. Elas chingaram o seu Domingos (já um senhor de 50 anos na época) de tudo que foi palavrão.
Eu fiquei morrendo de vergonha, mas não podia falar nada. Elas sempre foram uma fera, as duas. Hoje, estão bem na boa, mas na época não tinha diálogo que as acalmasse.
Chegamos as 16h10min na rodoviária. O ônibus já tinha saído. Falei pro Róger: vamos trocar os bilhetes. Quando gente chegou ao guichê, a moça deu uma olha no horário. Óbvio que ela percebeu que havíamos perdido o ônibus. Acho que depois de avaliar a nossa cara de apavorados, ela sorriu e trocou para o veículo da noite. Ufa!!
Depois foi só pegar uma carona pra casa das minhas tias novamente e encarar as feras. Foi foda.
Quando cheguei em Alegrete, contei tudo para os meus pais já esperando uma outra bronca. Porém, eles reagiram ao contrário. Esperam um ou dois dias passar e ligaram para a casa do seu Domingos pedindo desculpas pela atitude das minhas tias. Os pais do Róger também não deram bola (o irmão dele também ficou de cara com a gente).
E assim foi a nossa viagem pra Guaíba no distante 1990. Na semana que vem conto da minha aventura para ver Grêmio e Ceará, decisão da Copa do Brasil de 1994.