BATE BOLA COM SAMBAQUY E +

Bem meninos, é um prazer anunciar o BATE BOLA com Sambaquy. De suas linhas vão sair muitas histórias, belas dicas de quem já tem muita estrada, informações importantes, dados legais de lembrar, curiosidades e análises que nos farão companhia quinzenalmente. Faça uma pequena pausa e confira, não é todos os dias que se pode fazer um BATE BOLA com Sambaquy. Aproveite !

Meus amigos e minhas amigas!

Começo assim, pois o universo do futebol de mesa, de há muito deixou de ser exclusivamente masculino. Muitas são as meninas que já praticam o nosso esporte, nossa editora é uma graciosa garota, e isso acaba dando um colorido mais bonito ao que encaramos como sendo o nosso esporte.

Um governador jogando botão

Para iniciar, quero me reportar ao Campeonato Brasileiro de 1979, realizado em Vitória (ES). Todos os participantes já tinham jogado na parte da manhã e, após o almoço, preparávamo-nos para reiniciar, quando o Ginásio de Esportes alvoroçou-se todo. Começaram a entrar oficiais fardados, políticos, e com eles o próprio Governador Élcio Álvares. Boquiabertos, diante desse espetáculo inusitado em nosso meio, vibramos, quando o simpático governador, abrindo a sua maleta, retirou seu time liso, e convidou o campeão do ano anterior, o baiano Jomar Moura para uma partida. Acredito que foi o jogo de futebol de mesa com maior platéia, até os dias atuais. Após a partida, conversou com todos, foi alvo de fotos e finalmente voltou aos seus afazeres de governador. No encerramento, por ocasião da entrega de troféus e jantar de despedida, esteve presente, inclusive colocando no campeão, José Inácio, de Sergipe, uma camisa do Espírito Santo.

A mídia esportiva é uma lacuna a ser preenchida

São valiosos esses acontecimentos, pois popularizam o nosso esporte, forçando a mídia dirigir sua atenção para nós. Se tivéssemos um pouco mais de atenção por parte dela (a mídia) tenho certeza absoluta que estaríamos em um patamar bem diferente.

Um assunto que merece ser destacado como forma de gratidão, por hoje sermos um esporte reconhecido, foi o destaque dado nos anos oitenta pela Gazeta Esportiva, de São Paulo. Em todas as quintas feiras, o jornal publicava uma página dando noticias sobre o desenvolvimento dos diversos campeonatos nos clubes onde se praticava o futebol de mesa. E não eram os grandes clubes esportivos, pois eram clubes de amigos e cada um deles era formado por botonistas apaixonados pelo esporte. Sem dúvida alguma o maior era o São Judas Tadeu, que funcionava na Faculdade São Judas. Seu diretor, José Mesquita, era o mantenedor e destinara uma sala para a prática dos jogos. Mas havia outros: Botunice, Petlem, Riachuelo, Som-só-som, Grups (Santos), Área (Associação Recreativa dos Engenheiros e Arquitetos), São José dos Campos, Taubaté e Jacareí. Cada um deles mantinha um informativo mensal, tipo tablóide, dando conta das atividades do clube. Foi através da Gazeta Esportiva que pudemos manter contato com esses diversos botonistas que praticavam uma regra diferente, mas, que no coração alimentavam o mesmo amor pelo nosso esporte.

A Gazeta inseria noticias de outros movimentos, como o de Brasília, que praticava a Regra de Três Toques. Havia uma aliança deles com o pessoal do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Chegaram a fundar uma entidade, denominada de Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, que, no final da década de oitenta passou a chamar-se Associação Nacional de Futebol de Mesa. Já existiam nessa ocasião a Associação Brasileira de Futebol de Mesa (Regra Brasileira), COFI (Comissão de Organização e Fiscalização das Integrações de São Paulo) que existiu até 1983, sendo extinto com a volta da Federação Paulista de Futebol de Mesa (Regra de Doze Toques). Da união dessas três forças nasceu a regulamentação oficial no CND, em 29 de setembro de 1988, transformando-nos em esporte de salão. Por essa razão devemos muito à Gazeta Esportiva, de São Paulo, pois ela nos propiciou a possibilidade de união para uma finalidade comum.

Costinha, o comediante que nos fazia rir

Quem não se lembra de COSTINHA? Pois o grande comediante Costinha jogava futebol de mesa, e bem, segundo o falecido Getúlio Reis de Faria. Getúlio cria uma Liga, em sua residência no Rio de Janeiro, no ano de 1933. Nessa época os campeonatos eram bastante disputados e Costinha conseguiu alguns títulos. Em 1940 adota a regra de Foot-ball Celotex. Ao tomar conhecimento da Regra Brasileira, em 1967, passa a jogar nessa regra. Sua agremiação chamava-se Liga Carioca de Futebol de Mesa. Mantinha um jornalzinho informativo chamado URUDANCAM (Urubu dando cambalhotas).

Hino do Botonista

Em 13 de julho de 1982, Geraldo Cardoso Décourt compõe o Hino do Botonista.

Campeonatos brasileiros nas três regras oficiais

Em 1970 é realizado o primeiro campeonato brasileiro de futebol de mesa, na Regra Brasileira, em 1981, a Regra de 3 Toques realiza o seu primeiro campeonato a nível nacional, e, em 1989 é realizado o primeiro campeonato brasileiro na regra de 12 toques. Em 11 de outubro de 1982, a Prefeitura de São José dos Campos e Associação Esportiva São José, promoveram o 1º campeonato brasileiro de futebol de mesa, na regra de 12 toques, por iniciativa individual.

LEMA DO PERDEDOR

A pior coisa no futebol de mesa é perder. A segunda pior coisa é não ter desculpas. A terceira pior coisa é ter de reconhecer isto.

Associação Brasileira de Futebol de Mesa

A Associação Brasileira de Futebol de Mesa foi criada em 25 de janeiro de 1976, nas dependências da Sociedade Harmonia, em Jaguarão (RS), logo após a realização do 4º Campeonato Brasileiro da modalidade. Na ocasião foi escolhido para presidi-la o botonista JOMAR ANTONIO DE JESUS MOURA, ficando com cinco vice-presidentes: Oldemar Dória Seixas (Bahia), José Nunes Orcelli (Rio Grande do Sul), Getúlio Reis de Faria (Rio de Janeiro), Ivan Lima (Pernambuco) e Manoel Nerivaldo Lopes (Paraíba). Diretor Administrativo: Adhemar Dias de Carvalho (Bahia), Diretor Financeiro: Roberto Dartanhã Costa Mello (Bahia), Diretor Técnico: Nelson Menezes de Carvalho (Bahia). Os conselheiros efetivos: Adauto Celso Sambaquy (Santa Catarina), Marcos Antonio Zeni (Rio Grande do Sul) Paulo Carvalho (Pernambuco), sendo suplentes Zophesamin Santos de Lima (Alagoas), José Gomes de Almeida (Sergipe) e Vanderlei R. Ávila (Rio Grande do Sul).

Quem não passou vergonha jogando botão?

Falando de mim, fui um regular jogador de botão. Havia aprendido os fundamentos para jogar

razoavelmente. Mas, sempre o fazia com seriedade. Toda vez que queria mostrar algo a mais, perdia, diante dos olhos das pessoas convidadas para assistirem o meu jogo. A primeira vez foi em 1969, na primeira rodada do campeonato caxiense, quando um primo foi assistir ao meu jogo contra o Airton Dalla Rosa. Na ânsia de fazer tudo certinho, nada deu certo. Fui goleado inapelavelmente por 6 x 2. Até meu tio zombou comigo. No final do campeonato me sagrei campeão caxiense. A segunda vez foi bem pior. Nós havíamos criado um departamento de futebol de mesa no Pombal Atlético Clube, em São Pelegrino. Para inaugurar haveria um Fla x Ju (Flamengo contra Juventude). O Juventude era comandado pelo meu colega bancário Rubem Bergmann, o que me dava uma tranqüilidade enorme, pois nunca havia perdido um só jogo para ele. Assistindo ao jogo estavam dois jogadores do Flamengo, que faziam parte do meu plantel: Sady e Lady Costamilan. Foi à noite em que nada deu certo e acabei perdendo por 2 x 1 para o Rubem Bergmann. O gol que marquei foi feito pelo número 8 (Zizinho). Então o Lady vira para o Sady e diz: Até aqui quem faz os gols é o velho Ziza.

Amigo é coisa para se guardar...

Transcrevo um comentário escrito no alvorecer de 1990, no informativo BOLA NA MESA 3, de Brasília, escrito por José Ricardo Caldas e Almeida, pois serve para os dias atuais e para muitos “amigos”.

Presenciamos alguns fatos lamentáveis em 1989 que, sinceramente, esperamos não se repitam em 1990. Começa o ano e todos nós nos preocupamos com o Deve e o Haver, pois esta filosofia mercantil também faz parte do Futebol de Mesa. Todos nós gostamos de vencer, isso é uma coisa super-natural. Mas, vamos usar essa vontade de ganhar de outra maneira. Você não pode simplesmente perder uma amizade como se fosse um gol que deixou de fazer. Lembre-se que o gol você terá outra oportunidade de fazer. A amizade magoada talvez não volte a ser a mesma. Antes de se irritar  com a marcação dos amigos que estão arbitrando um jogo, vamos parar para pensar que ele não tem motivo algum para prejudicar este ou aquele botonista. Ainda não conheço este que já entre pré-determinado a prejudicar um companheiro de esporte. Se existe, o melhor que ele faz é procurar outro esporte. Não há lugar para ele no ambiente do futebol de mesa.

“Amigo é aquele que você não “utiliza” e nem abusa, pois está sempre disposto a colaborar. Aquele que vai ao seu encontro sem nenhum interesse secundário. Aquele com quem você pode conversar como se estivesse falando consigo mesmo, pois você sabe que será discreto com as suas confidências. Como aquela porcelana rara que se deve usar em poucas ocasiões. Coisa para se guardar do lado esquerdo do peito dentro do coração.”

Você deve ter o seu próprio conceito de “amigo”, melhor ou pior, não interessa, o importante é que você saiba: um bom amigo vale muito mais do que qualquer  tesouro.

Vamos julgar nossos erros e de nossos companheiros com um pouco mais de sensatez. Com isso, reduziríamos as ocorrências de falta de harmonia entre nós.

GERALDO

Noite de premiação, reunião, um ótimo churrasco pilotado pelo Gustavo e até amistosos no Geraldo Santana. Foi na noite de ontem, quando além da confraternização e das premiações do Troféu Expedicionário de cavados, os botonistas do clube decidiram o calendário do 2º semestre.

Regimento interno, a confirmação de 4 Copas na temporada, parâmetros para aplicação de WO's e formatação do campeonato do 2º semestre, além de aquisição de novas mesas, foram pauta dos técnicos do GS.

Nos amistosos os vermelhos de Rogerinho jogaram contra o Nacional de Fosca (foto) e J.Lucas e seu Real Madrid enfrentaram o Newcastle de Gothe.

Gustavo na boa e exímia esgrima

A turma do Geraldo, Fosca e Pirênio já ausentes

LANCES RÁPIDOS

* Uma Super Quinta no Gothe Gol ! Com o Grêmio na quarta contra o Sport pelo brasileirão, além do Tamo Junto ! com Dani Junqueira, rola uma coluna short com o JBR e seu COLOCA e ainda vamos estrear mais um colunista. Você confere na quinta um novo espaço aberto para o esporte, política, economia, cultura e muito mais.

* Na sexta tem o REVISTA e vinhos com o espaçoGABI, o noticiário completo do Futmesa antes do findi e tudo da programação do futebol.

* No sábado além do Estadual de lisos para Sênior e Juniores da FGFM em Caxias do Sul, rola a Copa Porto Alegre de cavados no Geraldo Santana e o internauta acompanha aqui no Portal do Futmesa..

* Sóbis pode ser uma boa no Grêmio ? Juan nos vermelhos será mais um zaguerio troteador ? Isso e mais nas laudas do novo Colunista que estreia na quinta, na parceria de JBR e Dani Junqueira. É só conferir.

* Falando neles, quarta é dia de COLUNISTAS no Gothe Gol. Ítalo Petrecheli, Cristian Costa e os acontecimentos de vermelhos e Gremistas.

NAVEGANDO

Nossa abraço hoje aos amigos de São Leopoldo no Rio Grande do Sul, Florianópolis e Itajaí em Santa Catarina, Barueri, Diadema e Presidente Prudente em São Paulo, Rio Verde em Goiás, Maceió nas Alagoas e a olímpica Londres na Inglaterra.

Imagens

Banner Sambaquy by Gothe Gol

Aninha jogando em São Paulo by Sambaquy

Geraldo Santana by Gothe Gol

Turma do Geraldo Santana by Facebook Saul Martini