Como Editor sempre me esforcei para dar espaço aos vermelhos, porque todos sabem sou Gremista, Conselheiro do clube é claro, corneteiro. Por aqui já passaram com altos e baixos assinando pelos vermelhos Diego Buralde, Caco Castellan, Guilherme Gonçalves, Rogerinho e Ítalo Petrecheli.
No último período o espaço ficou abandonado, agora finalmente fechamos contrato milionário com um nome que sempre desejamos ocupasse as quartas-feiras defendendo as cores rubras e é claro, falando também de Futmesa e tudo mais.
Foi então que fiz o contato com o Dr.Alex Degani, um cara totalmente colorado e no Futmesa também verticalmente o avesso do Editor. Há alguém mais ideal para dar tempêro ao espaço desocupado ? Certo que estreia "tímido", até mesmo sem bater no autor do Gothe Gol, mas não tenho dúvida que logo vem por aí toda a sua verve, toda a sua capacidade de polêmica tanto no duelo GREnal como no Futmesa.
Na conversa de fim de tarde por telefone, uma frase foi emblemática pronunciada por ele, seguida de uma vasta risada que bem o caracteriza: " Vamos ver se a gente dura ". Não é fácil num Blog Gremista escrever sobre os vermelhos, ele sabe bem disso, mas na verdade, se ele arrebenta nas mesas e levanta todos os troféus, é o cara talhado para enfrentar este desafio pra valer.
Seja bem-vindo Dr.Degani ao Gothe Gol !
Gothe, o Editor.
CAMPEÃO DE TUDO
por Alex Degani
Com a camisa vermelha, e a régua na mão... Primeiramente, devo esclarecer que o título da Coluna refere-se, exclusivamente, ao S. C. Internacional. Não é auto-promoção...
Após ter sido convidado pelo “Bávaro Cavador”, como não assinar este espaço? O que me fez fechar contrato, além das cifras de causar inveja até mesmo no Magnata, foi o fato do Gothe Gol ser referência no meio botonístico. E, além disso, ter recebido “carta branca” dele para contemplar não apenas o tema S. C. Internacional, mas também abordar o nosso bom e velho futmesa.
E, parece que a casualidade me favoreceu. Estreiar tendo como último jogo do Inter o limitado Bahia é uma barbada. Analogamente, é tão fácil quanto vencer a Holanda lisista de Pedro Hallal. O Bahia dos gramados em nada lembra os conterrâneos que praticam o curling, como diria meu amigo Mário Ribeiro. Obviamente, conseguimos a vitória, porém não podemos nos iludir. D’Alessandro, enquanto estava a caminho do vestiário, disparou que "Essa vitória começa a empurrar o time para colocá-lo no G4”. Já para Fred,do primeiro gol do Inter, a feita durante a semana por parte de Fernandão surtiu efeito. "Não é bom falar fora do vestiário, expor o grupo. Mas por outro lado, hoje (domingo) o time entrou determinado desde o primeiro tempo e conseguimos a vitória. Agora temos que trabalhar para os próximos jogos e entrarmos em campo do mesmo jeito que entramos hoje." Discordo do grande ídolo e Campeão da América Andrés D’Alessandro, pois é notório que o esquadrão de Fernando Lúcio da Costa não alcançará a zona de classificação para a Libertadores.
Com relação ao jogo, válido pela 26ª rodada do Brasileirão, Forlán fez gol que até o Dani Junqueira marcaria... Damião fez golaço análogo aos marcados por Sílvio Silveira no último Estadual... E Fred apenas confirmou que, se bem lapidado, tornar-se-á um exímio jogador. E o resto do time? Como diria a antiga música do Kid Abelha, “Os Outros São os Outros e Só!”. Dói no peito, mas é a pura verdade... Como um time pode ter sucesso em um esporte coletivo sem ter conjunto? Daí fica difícil!
Antes de encerrar, lembro que hoje a noite temos uma atração na telinha. Grêmio de Luxemburgo enfrenta o temível Barcelona...
1 abraço a todos os leitores deste Gigante espaço web-botonístico. E, como hoje - 26 de Setembro - é o Dia Mundial de Prevenção da Gravidez na Adolescência, mando um abraço especial aos irmãos Mielke, os quais passam o dia todo “cavando”... Não cedam “dois lances” gurizada !
* A coluna NA AVALANCHE de Cristian Costa será publicada assim que enviada a Redação do Gothe Gol.
* Amanhã tem JBR, LANCES RÁPIDOS e TAMO JUNTO ! no Gothe Gol.
NA AVALANCHE
por Cristian Costa
Tudo como planejado
Empate em Minas Gerais foi mais um ponto ganho no caminho do título. Agora, rapazes, é hora de curvar o corpo, inclinar levemente a cabeça e dar a arrancada. Fazer cem metros rasos em menos de 9.6, tipo Usain Bolt, saca;? Doze decisões. Sete no Olímpico. O BICHO VAI PEGAR.
Primeiro adversário é no próximo domingo. Santos com Neymar.
Marcelo Grohe é segundo lugar na bola de prata. Victor ? Não sei, a lista só aparece até os cinco primeiros.
Pará arrebenta em Minas e anula o melhor atacante do campeonato brasileiro. Souza, um leão no meio campo.
Empate com gols ou sem, já ta de bom tamanho no Equador. Nossa chave é boa até a semi, mas aí vai depender da vontade dos jogadores.
Marquinhos é o melhor armador de contra-ataque do futebol brasileiro pena que é para os adversários.
No canal FOX, o Simon, o juiz FDP não o ex-governador, disse que o Ronaldo traíra merecia, no máximo, um amarelo, pela chegadinha dócil no Kleber. Ele ainda disse, com outras palavras, que o gladiador merece receber esse tipo de chegada.
Por isso me orgulho deste texto abaixo:
Sem deixar saudades
Vou listar agora em menos de cinco segundos os caras que eu mais odeio no mundo, tá valendo cadáver. Então, lá vai: Hitler, Napoleão, Ivan, o Terrível, Catarina de Médicis e Carlos Simon.
Mas como não sou de pegar antipatia a toa, como diria minha vó, vou explicar porque não gosto desses camaradas.
O Hitler é uma barbada. O cara comandou uma máquina de guerra responsável pela morte de dezenas de milhões de pessoas. Ainda por cima tinha um bigodinho ridículo, usava calça lá em cima, não tinha o ovo esquerdo e era meio brocha. Sujeitinho desprezível.
Napoleão é outro com vários motivos. Também comandou uma máquina de guerra responsável pela morte de milhares de pessoas. Usava uma roupa ridícula, tinha nanismo que nem eu, um pau miniatura, perdeu a batalha final para um cara com o "nome" de Duque de Wellington e ainda foi a desculpa para família real portuguesa desembarcar na nossa terra. Merece o inferno eterno.
Só o apelido do Ivan já dá uma ideia do que foi esse cara. O russo matou o próprio filho, torturou e depois aniquilou uma região inteira do império, foi classificado como louco e gostava de ler a Biblia. Tem que apodrecer embaixo da terra.
Catarina de Médicis conseguiu incentivar um massacre religioso às vésperas do casamento da filha, teve dez filhos em doze anos e é considerada por muitos historiadores a mulher mais autoritária (é que eles não conhecem a minha ex professora de antropologia) de todos os tempos. Própria mulher de satã.
Carlos Simon sempre roubou do meu time, sempre roubou do meu time, sempre roubou do meu time e, em todas às vezes, roubou do meu time. Um verdadeiro canalha.
Mas, como não sou pessoa de guardar rancor, se oportunidade tivesse tomaria uma bebida com todos eles, pois apesar de serem sujeitos inescrupulosos seriam bons companheiros de mesa de bar.
O Hitler, por exemplo, sorvendo uma clássica ceva alemã, me contaria como chegou ao poder na Alemanha mesmo sendo austríaco. Como inventou a blitzkrieg (guerra relâmpago) entre outras coisas. Chego a até começar a gostar desse camarada.
Com o Napoleão tomaria um ótimo vinho francês. Ele falaria da reconquista do poder na França sem disparar nenhum tiro. De como incentivou as artes. Sem falar na criação de um código civil moderno e adaptado a outros lugares da Europa. Não é por ser baixinho que nem eu, mas esse Napoleão é um bom sujeito. Só muito patriótico.
O Ivan sentaria ao meu lado e tomaríamos ombro a ombro uma bela vodca russa. Contaria que na verdade todas suas crueldades foram motivadas pela bipolaridade. Era afável e doce em muitos momentos. Como casou sete vezes, poderia me ensinar truques para pegar a mulherada na Cidade Baixa. Seria o meu mentor sexual. Ganhou o meu apreço.
Catarina tomaria um champanhe ao meu lado. Mulher de gosto refinado e língua ferina me falaria todas as fofocas da corte. Daríamos muitas risadas juntos. No final, ainda poderia me prometer apresentar sua bela filha Margot, que como diria meu avô paterno, gostava do café bem doce. Viraria quase como uma avó sem laço de sangue.
Por fim o Simon. Tomaria um chope na Lima e Silva. Ele falaria do dia que não deu duas penalidades pra Gana contra a Itália na Copa do Mundo. De como não deu a recuada do Eller para o Clemer. De nunca ter admitido um erro em toda a carreira. De como nunca escreveu uma linha e se diz jornalista. Do processo contra o Peninha que disse exatamente isso que escrevi há pouco (nota: serei o primeiro a comprar o livro do Peninha com os erros do Simon). De como errou milhares de vezes nos campos de futebol e sempre alardeou sua competência e honestidade e por aí vai, ou seja, um mala sem alça total.
Sujeitinho desprezível esse Simon...ainda bem que nunca mais vai apitar grenal a não ser de veteranos em Capão da Canoa...Já vai tarde!!!!!
Quer mais um gole de champanhe, Catarina???
Eu e o Grêmio
Em 87, assisti meu primeiro grenal no Olímpico. O resultado: 2x1, dois gols do estreante da tarde, um tal de Jorge Veras. O título gaúcho, o terceiro consecutivo, veio com uma vitória de 3x2. Nesse jogo o Fernando ainda quebrou a perna do Pinga, ou seja, foi uma partida perfeita.
No brasileiro fizemos uma baita primeira fase, fomos segundo na classificação geral, perdendo apenas um jogo (Santos). Porém, como se classificava apenas um por grupo, acabamos não passando de fase direto, pois o dono da melhor campanha, o Atlético MG, era do nosso grupo.
O segundo turno foi ruim. De felicidade mesmo neste ano só o gol do Bebeto Balanço em cima do eterno perdedor Taffarel. Flamengo campeão brasileiro, pra infelicidade do vascaíno Caju.
Na próxima coluna 1988, um ano de oscilações. E 1898, ano de título inédito.
Futebol de Mesa
Eu li aqui e ali que a moda agora é fazer torneios de integração. Então, o Geraldo Santana vai fazer o seu também. O torneio será contra o departamento de futebol de mesa da Tia Carmen. Eu propus jogos só de ida, mas o Leon e Cadore são bem moderninhos e querem volta tb, estilo fio terra. O Bodão e o Saul oram mais longe e exigiram que as meninas usassem cintaralho no jogo de volta, de preferência com cores chamativas.
Bopp enlouquecido no interno, apesar de não estar entre os oito teve uma semana inesquecível. Me venceu, de goleada, e o Régis e empatou com o Juliano. Saul lidera o torneio, seguido do Régis.
Caju traíra
Caju vendo que a casa do Independiente vai cair no sentido literal, mudou, espertamente, de time. Só avisem ao vascaíno roxo que os Leprosos de Rosário apesar de liderarem o atual certame tb estão ameaçados no Promédio.
E o River hein ? De novo ameaçado pelo rebaixamento.
Abaixo um texto que fiz em “homenagem” a frieza da torcida do Independiente.
Imagina se você fosse uma cara legal, mas digamos não um conquistador por natureza. Meio feio e sem graça e seu vizinho, que também é seu pior inimigo, fosse um Don Juan: pegasse todas.
É mais ou menos essa relação entre os torcedores do Racing e do Independiente. Os dois times nasceram na mesa cidade: Avellaneda. Localizada próxima a Buenos Aires é quase como se fosse um bairro da capital argentina.
Os estádios são separados por poucos metros. O Racing é azul e branco e o Independiente vermelho. Os dois estão entre os cinco grandes da Argentina (os outros são Boca, River e San Lorenzo).
A torcida é semelhante de tamanho. A do Independiente é um pouco maior. Cerca de 6% dos argentinos torcem para o El Rojo. Já La Academia conta com 5% dos fãs.
Mas as semelhanças terminam por aí. Na era profissional, o Independiente venceu 14 vezes o campeonato nacional. Já o Racing venceu “apenas” sete vezes. Na Libertadores a goleada é maior: proporcionalmente, 7x1 para os Rojos. Além disso, o time de Burruchaga ganhou outras copas. E se tornou o rei das copas. Hoje, só perde para o Milan e Boca e olha que só foi ultrapassado nessa década. O Racing em contrapartida venceu apenas a supercopa.
Entretanto, a vida não feita só de conquistar mulheres. A gente joga bola Tb. E aí tu é sempre a primeira opção dos caras que escolhem os times. Já o teu vizinho bonitão é o último e só dá canelada na bola.
Essa é mais ou menos a relação entre o fanatismo da torcida do Racing e do Independiente. Os fãs da La Academia devotam um amor incondicional ao time azul e branco. Lotaram um estádio no domingo seguinte a falência do clube, sem ter jogo no estádio. Passado o episódio: encheram dois estádios no título de 2001. O seu (El Cilindro) onde tinha um telão da partida e o do Vélez onde acontecia o jogo.
A La Guardia Imperial ( torcida organizada do Racing) é a mais fanática do país ao lado da do Newells. Já a do Independiente é a mais amarga do país. Só lota o estádio em decisões.
Ontem, era constrangedor ver os torcedores do Independiente comemorando o título da Sul Americana contra o Goiás. Algo frio e sem emoção, isso que o time não conquistava um título internacional há quinze anos. Um ou outro moribundo chorando e uma galera com cara de nem aí.
Por isso, o Racing é um time mais respeitado dentro da Argentina que o Independiente. Por isso, Campanella usou o fanatismo da torcida do La Academia no seu filme vencedor do Oscar O Segredo dos Seus Olhos.
Da-le Racing! Que os títulos venham logo e em grande escala, mas se não vierem tanto faz: a torcida estará ali ao teu lado cantando durante todo o jogo e depois e antes!! Ela te ama incondicionalmente!!
