Por Ricardo Gothe de Porto Alegre - Cícero vibra abraçado ao TAMO JUNTO ! Dani Junqueira do Gothe Gol, acabava de ao apagar das luzes fazer o gol que eliminou a Riograndina das semifinais e colocava a AFM Caxias na decisão do Brasileiro de Clubes diante do CAMAG catarinense. O resto da história vocês conhecem, AFM Campeã Brasileira de Clubes !
Sábado para curtir além de edições extras sobre o brasileiro de cavados, agora individual (caso nossa Redação seja irrigada de informações), o Bate-Bola com o Sambaquy, que publicamos agora neste começo de manhã. Sambaquy com sua estrada única faz sua homenagem a Vanderlei Duarte de Caxias do Sul que nos deixou esta semana e conta outras belas histórias. Teria sido coincidência o título brasileiro da AFM Caxias na semana da morte de um de seus principais fundadores ?
Quero agradecer ao Cristian Baptista a colaboração de ontem para a Edição Extra do fim de noite, como sempre um Campeão, desejar a Aline uma boa viagem neste feriadão, descansa e aproveita, e obrigado Aline pela matéria no REVISTA da sexta, nunca me senti tão a vontade para falar de trabalho no Gothe Gol e deixar alguns pontos muito claros para quem não os conhecia.
Manhã de sábado de muito trabalho, lá vou eu, à tarde a expectativa de estrear o Bota no Geraldo Santana (vou levar o notebook junto para ficar ligado no brasileiro e de lá mesmo publicar uma Edição Extra se for possível). Ah ! O Nei fez um goleiraço lindo para o Bota, o Wendell, mostro amanhã no LANCE DE DOMINGO. A noite é curtir o Grêmio em São Paulo contra o Corínthians ao lado de boas cervejas, e é claro, fazer de tudo para ter uma boa Edição Extra noturna do brasileiro de cavados que acontece em Cascavel. Que brasileiro esse que o pessoal da AFUMECA está fazendo !
Agora fique com o Sambaquy e o seu, o nosso Bate-Bola. Aproveitem.
BATE BOLA com SAMBAQUY
11.SETEMBRO.2012
Botão mulher – Informativo Botonistar (Brasília) set/out 1983
Esse informativo, produzido pelo
gaúcho/brasiliense Sérgio Moreira Neto, tinha um espaço em que sua esposa Vânia
Regina colocava sua opinião. Nesse número ela escreve um pequeno artigo com o
título:
Será preciso uma homenagem
póstuma para se dar valor?
Descreve que esteve olhando o
álbum de fotografias, mas precisamente nas fotos do IV Campeonato Brasileiro,
na regra de três toques, onde verifica a quantidade de botonistas empenhados em
disputas homéricas. Isso a faz sentir a grande dificuldade que Álvaro Sampaio,
José Ricardo Caldas e Almeida e seu marido estão tendo no sentido de realizarem
o V Campeonato, o que ela deseja, tanto quanto eles, que esse seja o melhor de
todos. Continua em sua narrativa, que eles já conseguiram alojamentos,
refeições, local para os jogos e, inclusive uma proposta da Rádio Manchete em
patrocinar todo o restante, ou seja, camisetas alusivas, pastas, faixas,
crachás, convites, bonés, troféus, diplomas, medalhas, enfim tudo. E segue
dizendo: - Mas falta algo que o patrocinador não pode oferecer, ou seja, que
nossos amigos botonistas de Brasília se coloquem à disposição para ajudar, nem
que seja uma mínima ajuda, a qual seria muito útil, para transformar esse
evento em algo inesquecível, impecável, para que seja a melhor herança do Futebol
de Mesa Futuro. Espera, ela, que ao final do tempo destinado ao campeonato,
onde tudo deva correr bem, exista um sincero MUITO OBRIGADO, uma singela
homenagem a quem se dedicou com tanto afinco para o êxito dessa missão.
Isso tudo resume o pensamento de
nossas esposas quando estamos nos dedicando ao nosso esporte, praticamente
abandonando o lar sob a responsabilidade dela. Por isso, eu acredito sempre que
o valor delas é algo maravilhoso e deve ser sempre enaltecido, pois, além de
ser o incentivo de nossas vitórias, são elas que nos consolam quando somos
derrotados.
Vestindo o uniforme da Olimpíada
No mesmo informativo, agora
editado em Porto Alegre, pelo mesmo Sérgio Neto, em outubro de 1984, há um
comentário que vou transcrever para conhecimento de todos que acompanham nosso
esporte e acompanharam a Olimpíada, realizada no inicio do mês, em Londres. Diz
o comentário:
Sem falar nos problemas que nos
afligem diariamente, graças à deficiente Economia Nacional, a ARTE de sermos
brasileiros também anda deveras decepcionante, bastando olhar um pouco para
trás e nos deparáramos com a Olimpíada de Los Angeles, com, a vergonha de tatos
desastres.
Apenas uma medalha de ouro.
Apenas uma. E ganha por segundos de diferença. Nem no futebol deu ouro! O vôlei
que vence os EUA com torcida e tudo numa fase se intimida e perde a decisão
para os mesmos EUA. No voleibol, só flores para Vera Mossa. No judô um bronze,
apesar do empate. Na vela, prata por causa de um erro da Noriega. Com
brilhantismo mesmo, só o atletismo. É decepcionante!
Em que somos o melhor do mundo
hoje?
Talvez, quem sabe, no Futebol de
Mesa, se estivéssemos em ritmo de Olimpíada, conseguiríamos tatear todas as
“douradinhas” dos americanos. Já pensaram, cruzar o Atlântico e o Pacífico para
jogar botão? Participar da próxima Olimpíada em Seul? Mas, daí a gente lembra
que “nosso” esporte anda desunido no próprio País que lhe deu origem há 60 anos
e, que desta forma, jamais teremos competições internacionais e reconhecido
pelos órgãos competentes.
É impossível atravessar qualquer
mar para jogar Futebol de Mesa, pois no outro lado da rua onde moramos, ou até
no vizinho ao lado, a Regra é outra, a bola não é igual, a mesa é um centímetro
maior ou menor.
É TRISTE!
Isso foi escrito em 1984 e graças
a Deus muita coisa mudou. O bom senso fez com que os três principais movimentos
se unissem, e, juntando suas forças criassem a CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE
FUTEBOL DE MESA. Botonistas já atravessaram o oceano e foram jogar na Hungria,
assim como os Europeus e Asiáticos já estiveram em nosso país para o Mundial
realizado esse ano no Rio de Janeiro. Aos poucos muita coisa vai sendo
modificada em nosso meio e com paciência e perseverança ainda veremos muita luz
no fundo do túnel.
Torcedor apresenta o futebol de botão ao arqueiro Clemer
Em julho de 2010, no blog do S.
C. Internacional, uma matéria muito interessante chamava a atenção de
botonistas que por ali viajavam. A matéria dizia que Richard Oliveira, mais
conhecido como “Bolita”, jogador profissional de futebol de mesa (o botão
popularmente falando) esteve no hotel da concentração do Internacional na manhã
do domingo para mostrar seu acervo de times de botões do clube. Destacou com
muita emoção a equipe campeã de 2006, da Copa Libertadores da América. Cada
peça personalizada por ele próprio continha o nome e a foto do ídolo. Sobre
jogadores, o fanatismo ficou voltado a Clemer e Fernandão. Coincidência ou não,
logo depois de comentar isso, Clemer apareceu na sala de estar do hotel. O
preparador de goleiros do Inter (na época) posou para fotos com o fã e conheceu
toda a sua história. “É uma realização para mim falar com um cara como o
Clemer, que me trouxe tanta felicidade”, reconheceu Richard Oliveira.
Morador de Santana do Livramento,
o “Bolita” é formado em engenharia civil e joga futebol de mesa desde os nove
anos. Todos os sábados, o seu pessoal se reúne para organizar um campeonato de
botão.
VI Campeonato Brasileiro – Vitória (ES) – 1979
Acredito que tenha sido a minha
melhor participação em campeonatos brasileiros, que disputei, pois em dois
deles, apenas dirigi a competição. Um foi em Caxias (3º) em 1972, e, outro em
Brusque (8º) em 1981.
Para a participação nesse
campeonato houve uma mobilização entre os botonistas brusquenses. Partimos com
dois carros rumo à capital do Espírito Santo. No meu carro estava a minha
esposa Janete e mais o casal Décio Belli, nosso presidente da entidade. No
outro veículo, Edson Appel (proprietário), José Ari Merico, Márcio José Jorge e
Roberto Zen, sendo que o Márcio, por ter sido o vice campeão seria o meu
companheiro nas duas vagas destinadas à Associação Brusquense de Futebol de
Mesa. A viagem foi tranqüila, alegre, cheia de novidades para quem estava se
dirigindo para um campeonato brasileiro. Ao chegarmos ao Rio de Janeiro ficamos
sabendo que o Edson Appel, havia esquecido em casa os documentos de seu carro,
o pneu estepe, macaco, etc. Enfim, tinha saído na corrida e nem ao menos havia
feito a revisão para uma longa viagem. Felizmente não fomos parados em blitz
alguma e nenhum pneu furado.
A minha campanha foi
relativamente boa: venci Manoel (ES) por 2 x1, perdi para Uacy (AL) por 2
x0, e venci o Pizzamiglio por 4 x 3,
classificando-me para as oitavas de final. Nela empatei com Dartanhã (BA) em 0
x 0 e venci Wilson (RN) por 2 x1. Wilson
havia vencido o Dartanhã por 2 x 1, ficando com 2 pontos e eu com 3. Estava nas
quarta de finais. Meu adversário era o Átila Lisa (Se). Não era para mim, pois
chutei bola no poste, na quina do goleiro, rente à trave e ela teimava em não
entrar. No final do jogo ele mandou colocar uma bola doida, dentro de minha
área, mas com um botão de sua zaga, no outro lado do campo. Arrumei o goleiro e
não via possibilidade alguma de a bolinha entrar. Ele impulsionou com a unha o
seu zagueiro que foi adquirindo velocidade e juntou a bolinha e na corrida
jogou goleiro, bolinha e o próprio zagueiro para dentro da minha meta.
Terminava ali a minha participação. Perdi por 1 x 0 o jogo que fora mais fácil
jogar. Mas estava feliz, pois “quase” chegara onde não imaginava ser possível.
Afinal, em meu caminho passaram vários campeões brasileiros (Dartanhã, Átila,
Pizzamiglio) havia cruzado e só um deles me venceu. No critério da decisão do
5º ao 8º lugar foi por pontos ganhos, saldo de gols e ataque mais positivo.
O resultado final ficou sendo o
seguinte:
Campeão- Inácio (SE), Vice
Campeão – Átila (Se), 3º Lugar – Vilno (BA), 4º Lugar – Martins (RJ), 5º lugar
– Julio Nogueira (RJ), 6º lugar – Romualdo (RN) – 7º lugar – Sambaquy (SC) e 8º
lugar – Jomar Moura (BA).
O retorno é que foi bastante
complicado. Chovia muito e havia ameaças de alagamento na estrada. Lembro que
quando passamos por Cachoeiro do Itapemirim, da estrada vimos a cidade cheia
d’água, em Campos (RJ) atravessamos a cidade com a água batendo debaixo do
carro. Se houvesse um buraco, certamente ficaríamos presos, sujeitos a sofrer
com a enchente. Sei que dirigi por mais de 700 quilômetros sem parar. Ao
passarmos a Ponte Rio-Niiterói, entreguei a direção ao Décio Belli e fui sentar
no banco de trás para dormir um pouco. Acordei quando estávamos chegando a São
Paulo. E como sair da cidade? Foi então que o José Ari Merico disse que
conhecia, pois comprava carros em Londrina e seguidamente passava por São
Paulo. Seguimos atrás dele e quando vimos estávamos em Itu. Resultado retorno
para São Paulo. Dessa vez eu fui adiante e fiz com que me seguissem. Ao
chegarmos a um trecho que eu conhecia razoavelmente, por sorte, passava um
caminhão com placas de Santa Catarina. Colei nele e fiz sinal para que me
seguissem. Não deu outra, quando vimos estávamos saindo de São Paulo. Não falei
nada para ninguém, mas agradeci a Deus por ter tido essa sorte. Viajamos até
chegar a Brusque, quase meia noite. A turma dos solteiros, farristas, na
entrada da cidade passaram a lançar foguetes, os quais haviam comprado em uma
das paradas que fizemos para abastecer e fazer refeições. Só faltou a polícia
nos deter, quando chegávamos em casa... Mas, foi uma demonstração de quanto
havia de união entre os botonistas de Brusque, naquela época. Infelizmente, por
motivos que não vem ao caso, houve um desestímulo e tudo parou. Mas, as
recordações daquele tempo ainda estão vivas em nossa memória.
11 de setembro
Não pensem que escolhi essa data
por causa do atentado às Torres Gêmeas. Não mesmo. Para mim essa data é muito
linda, pois foi em 11 de setembro de 1935 que meus pais, Nerval e Celyra,
uniram-se em matrimônio.
Tudo o que sou hoje devo a eles,
a seu exemplo de vida, sua persistência em me tornar uma pessoa de bem,
fazendo-me estudar, cultivar boas maneiras, ter educação e respeito pelas
pessoas, enfim, fazendo de mim a pessoa que eles idealizaram. Tenho saudade
imensa dos dois. Minha mãe, muito nova nos deixou. Estava com 57 anos de idade.
Uma hepatite fulminante a levou de nosso meio. Meu pai conseguiu chegar aos 85
anos. Em 21 de novembro desse ano estaria completando 100 anos, se vivo
estivesse. Foi o meu exemplo de honestidade e honradez. Nunca o vi envolvido em
algo que não fosse honesto. Em seus últimos meses de vida, o trouxe comigo até
Brusque, onde ficou por quarenta dias. Ensinou a minha esposa a cozinhar um
delicioso risoto italiano, que só ele sabia fazer. Felizmente ela aprendeu e de
vez em quando matamos a saudade do vô Nerval. Ele era uma pessoa simples, e
comigo freqüentava o Rotary, onde os companheiros o paparicavam. Até cerveja o
faziam beber, e ele adorava isso. Numa dessas reuniões do Rotary, o juiz de
direito de Brusque sentou-se ao seu lado e mantiveram uma longa conversa.
Quando voltávamos para casa, me questionou quem era o seu vizinho. Quando disse
que era o juiz de direito, arregalou os olhos e me confessou que nunca
mantivera uma conversa com alguém tão importante. Após levá-lo de volta a
Caxias, sua morte foi rápida, questão de um mês apenas. Pelo menos ficou a
felicidade de tê-lo comigo antes que isso acontecesse.
Por isso, a cada 11 de setembro,
revivo a alegria do amor que os uniu e agradeço a Deus por ter me dado a honra
de ter sido seu filho.
... e a casa ficou vazia...
Perdemos um grande botonista, um
líder guerreiro, um inabalável lutador pelo futebol de mesa organizado, um
construtor de arenas, enfim, um grande amigo. Conheci-o em 1962, quando, nos
seus dezoito anos de idade, já fazia propaganda de seu jogo de botão.
Convidamos para que, conosco jogasse campeonatos no Recreio Guarany, na AABB. E
ele estava sempre pronto, inventando novidades, criando times. Lembro ainda de
um de seus times composto por nomes de meninas. Seu artilheiro Scheila era
implacável. Assim era o amigão Vanderlei. Depois dos primeiros campeonatos desapareceu
por um tempo, pois serviu o Exército e posteriormente cursou engenharia. Mas,
retornou ao nosso convívio e em 1972 foi um dos representantes de Caxias do Sul
no terceiro brasileiro. Sua personalidade forte, seu estilo turrão o fazia
parecer inatingível, não aceitando que o contrariassem em suas idéias. Era
inflexível em seus pontos de vista. Mas, bastava uma boa conversa para que seu
enorme coração mudasse momentaneamente, pois com o passar dos dias, voltava a
cultivar suas idéias bastante possessivas. Mas, tinha algo de incrível que era
o seu imenso amor pelo futebol de mesa. Foi realmente um baluarte.
Juntos, fundamos a Liga Caxiense
de Futebol de Mesa em 1965. Conseguiu seu primeiro campeonato citadino em 1971,
jogando com o seu Botafogo. Em 1973, deixei a cidade, pois acabara de ser
transferido para Brusque (SC). Mesmo assim nunca perdemos o contato. Em 1976,
junto com alguns amigos fundou uma Liga, de efêmera duração e a batizou com o
meu nome. Dessa solenidade de inauguração me obsequiou com um cartão de
prata. A Liga Caxiense continuou
disputando seus campeonatos até 1976, quando sofreu uma parada, voltando o
campeonato a ser disputado em 1981 até 1987. Então, enfrentando uma série de
dificuldades faz uma parada muito grande, até o ano de 1997. Foi então que ele,
tal qual uma fênix, ressurge, amparado pelo amor ao nosso esporte e resgata
diversos amigos e companheiros e sob sua responsabilidade aluga uma sala. Desde
então os campeonatos em Caxias são realizados ano a ano. Em 1997 e 1998 consegue
mais dois campeonatos caxienses.
Foi um formador de lideranças,
pois estava sempre à disposição de todos os interessados em conhecer o futebol
de mesa. Surgiram nesse período Daniel Crosa, Daniel Maciel, Mário Vargas,
Paulo Dias, Paulo Rogério de Vargas Rodrigues, Ednei Torresini, Fernando
Casara, Aramis Segatto, Daniel Pizzamiglio, Rogério Prezzi, Alexandre Prezzi,
Emerson da Cruz, Enio Durante, Alexandre Zart, Rodrigo Borba e mais alguns, que
se juntando a Airton Dalla Rosa, Luiz Ernesto Pizzamiglio, Marcos Zeni, Nelson
Prezzi e Luiz Alberto Gazola resolveram modificar o nome da entidade para
Associação de Futebol de Mesa de Caxias do Sul.
Mantinha a AFM sob sua tutela e
com mão de ferro impunha as condições para a continuidade. Isso fez com que os
mais jovens pensassem em também se especializarem em administrar a entidade.
Mas, era duro lutar contra a vontade ferrenha do presidente eterno. Até que,
minado pela vontade da maioria, cedeu o lugar, deixando que novas lideranças
impusessem um ritmo moderno, pois, por mais esforçado que fosse, viveu sempre
no passado, não pensando que o futuro deveria ser previsto e analisado para a
entidade dele fazer parte de forma atuante. Deixando de ser o todo poderoso,
queixava-se por telefone, ao que eu sempre mostrava a ele que sempre haveria
vantagens em rodiziar a administração, pois novas idéias sempre trariam
crescimento. Na hora ele aceitava, mas tenho certeza que depois de um ou dois
dias, voltava a sentir a mesma melancolia que o atormentava.
Afastou-se, filiando-se
à entidade que o acolheu no início da caminhada: AABB.
Aos poucos foi parando e se
isolando e isso é fatal a quem sempre esteve em contato com pessoas, praticando
o esporte que sempre amou. Ontem, dia 5 de setembro de 2012, retornou aos
braços do nosso Pai Celestial.
O luto atingiu de forma
inesperada e cruel a todos os botonistas de Caxias, pois, como disse o
presidente da AFM, ele não era de entidade alguma, era o sinônimo do futebol de
mesa da cidade.
A ultima vez que estivemos juntos
foi nas festividades de 45 anos da AFM, quando ao final da solenidade, ocupando
a palavra relatei a história da entidade que tantas alegrias nos proporcionaram
ao longo de nossas vidas. À minha frente três fundadores: Marcos Zeni, Airton
Dalla Rosa e Vanderlei Duarte. À medida que avançava em minha narrativa os
olhos deles marejavam e um nó foi se formando em minha garganta. Consegui
terminar minha fala e Airton e Vanderlei me abraçam e choramos como crianças,
eivados de emoção verdadeira. Suas lágrimas em meu ombro serão a última
recordação que guardarei desse amigo/irmão que trilhou comigo uma jornada de
glórias e conquistas. Com alegria vimos à idéia e o sonho que concretizamos em
1965, naquele dia completar 45 anos de idade, quase meio século de existência.
Meu irmão, meu amigo VANDERLEI
DUARTE, vá em paz e encontre todos os nossos amigos que comungaram conosco, ao
redor das mesas e que jamais esquecemos. Abrace Ademar Carvalho, Aldemiro
Ernesto Ulian, Almir Manfredini, Ângelo Slomp, Antonio Carlos de Oliveira,
Claudio Schemes, Deodatto Maggi, Flávio Chaves, Jomar Moura, José Domingos
Susin, Marcos Lisboa, Raul Machado Ferraz de Campos, Rubem Bergmann, Sylvio
Puccinelli e Webber Seixas e com eles funde uma entidade que poderá ser chamada
ACFM – Associação Celestial de Futebol de Mesa.
Até breve, meu amigo.
Imagens
Cícero cortesia by 1ToqueSP
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Vanderlei Duarte e Sambaquy by Sambaquy
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