quarta-feira, 19 de setembro de 2012

NA AVALANCHE por Cristian Costa

Festa inesquecível Quinze mil pessoas e um carinho sem fim pelo monumental.

Vai deixar saudades.

Retrospectiva

Nas colunas de agora a te o fim do ano vou fazer uma mini retrospectiva da minha vida como gremista.

1985

Começo a ver futebol mesmo e a entender o jogo. A paixão pelo Grêmio já existia desde o nascimento.

Neste ano escuto, lá em Rio grande, meu primeiro grenal como torcedor. Grêmio 2x1, gols de Caio Júnior e Bonamigo. Ali iniciava o hexacampeonato gaúcho.

No brasileiro daquele ano, lembro pouco do jogo que foi fatal para a nossa eliminação: um empate em 2x2 com o São Paulo. Saímos ganhando de 2x0.

1986

Tava de férias em Alegrete e vi o grenal decisivo do gauchão nos meus avós maternos. Renato limpa toda a defesa colorada e chuta na trave. No rebote da jogada, novo cruzamento e Osvaldo liquida a fatura. Bicampeão.

Odair marca e o Grêmio vence o Central, de Caruaru por 3x0. Estávamos nas oitavas do brasileiro de 1986. O Criciúma ou o Nacional (Amazonas) faz um gol no último minuto e elimina o Inter. Ouvi os dois jogos na rádio, olhando para a Praça Internacional, pois os meus avós paternos haviam se mudado para Livramento. Os dois confrontos das oitavas contra o Corinthians já assisti em Alegrete, seguia de férias escolares. O Grêmio empatou os dois, 0x0 aqui e 1x1 lá, e foi eliminado por que o Timão jogava por dois empates. Luiz Carlos Martins marcou o nosso gol.

O conheci no ano passado. Nem ele lembrava mais deste gol. Na próxima coluna a máquina de fazer gol de 87 e 88.

Rodada boa

Antes dos jogos do final de semana, qualquer gremista ficaria muito feliz se a diferença para os dois primeiros continuasse a mesma. No final da rodada, nós tricolores, comemoramos um ponto enquanto nossos adversários amargaram derrotas surpreendentes, mais a do Fluminense, menos a do Atlético MG.

Com 48 pontos, o time de Luxemburgo tem a segunda melhor campanha da história do Grêmio na era dos pontos corridos, só perde para o time de 2008, de Celso Roth, que nessa mesma rodada tinha 49.

Aliás, em 48 jogos dirigidos pelo “homem do projeto” esse é apenas o quinto empate do Grêmio. São 32 vitórias e 11 derrotas.

Sou um defensor do Marco Antônio, ainda mais que veio de graça. Apesar da notória falta de raça do jogador, sempre achei acertada o contratação do meia/volante. Mas a personalidade que o cara demonstrou na quinta é algo para servir de espelho para o resto do grupo. Se aquela bola passasse longe do gol, ele corria o risco de tomar uma das maiores vaias já vistas no Olímpico.

O Souza e o Pará são dois acertos. Muita voluntariedade e esforço incomum, além de sempre se apresentarem para o jogo. Se falta técnica, em alguns momentos, sobra raça.

Zé Roberto tem muita técnica, mas sempre insiste no toque a mais. Torna ainda mais lento o nosso já nada rápido contra-ataque.

Domingo é final, mas na minha cabeça e nas minhas contas acho que a vantagem do empate é nossa. Uma derrota, entretanto, não é o fim do mundo. O Galo ainda sai pra visitar o Time do Sonda (acho que vai rolar uma abertura das perninhas), Vasco, Botafogo, Flamengo (ainda pelo primeiro turno) e Santos. Já o Fluminense tem os três clássicos regionais e sai para encarar o Atlético MG, Palmeiras – desesperado – e São Paulo.

Nas minhas contas talvez até uma derrota para ambos não nos tire do páreo.

Nesta quinta, acho que com transmissão da TVCOM, tem a final do primeiro turno do Juvenil. Por ter a melhor campanha, o Grêmio tem o mando de campo.

Futebol de Mesa

Esqueci de comentar na semana passada: AFM de Caxias do Sul e Riograndina estão mandando tanto no liso como no cavado, com a Academia a espreita. Bonito duelo.

Champions

Fazia tempo que a competição europeia não começava com tantos candidatos. Claro, os gigantes espanhóis são favoritos, mas alguém ficaria boquiaberto de ver algum dos times de Manchester campeão, ou a tradicional Juventus, ou quem sabe o Bayern, ou o bi do Chelsea.

Ainda tem Arsenal, o PSG apoiado nos milhões catarianos, o Milan, o Borussia Dortmund, ou quem sabe o Zenit e seus investimentos pesados nos últimos cinco anos. Sem falar nos tradicionais Ajax, Porto, Benfica, entre outros.

Muitos desses times em função do sorteio nem vão passar da primeira fase. Um grande torneio vem por aí.

Super clássico

Uma vez enquanto Brasil e Argentina jogavam pelas eliminatórias eu estava no cinema vendo Sex And The City. Talvez fosse o único cara heterossexual ali. Mas nesta quarta garanto que muitos vão fazer como eu: ir ao cinema, no meu caso ver Intocáveis, em vez de ver o jogo.

Melhor de todos os tempos

A gente tava lá sentado no Geraldo Santana em frente à tevê quando começou o jogo do Barcelona contra o Getafe. O Messi, poupado para a estreia da Champions, estava lá quietinho no banco. O Leon até brincou, na minha frente e na do Maurício: “O Messi está em má fase”. A gente riu e foi jogar botão. Em casa eu vejo que o argentino entrou em campo e marcou mais dois. Independente da época ou dos números, pra mim o natural de Rosário já é o maior jogador de todos os tempos por mais que isso incomode brasileiros e argentinos (ainda, de forma justa, devotos de Don Diego).

2 comentários:

Pedrinho Gmail disse...

O Cristian virou mais um colunista do grêmio? A maior parte da coluna é sempre sobre esse time imundo. E não adianta escrever que a minha coluna está morta, pois é verdade, mas vou reativá-la.

Aldyr Rosenthal Schlee disse...

O Getafe é o Guaratinguetá da Espanha! O anãozinho (o Messi, não o Cristian) tem que comer muito feijão ainda...