NA AVALANCHE por Cristian Costa

A TRÊS PASSOS DO PARAÍSO

Três míseros pontinhos nos separam da liderança. Quem sabe a cerveja do sábado, depois do jogo com o Timão, não vem com gosto de liderança, mesmo com jogos a mais. Nervosismo é grande.

Ótima ideia da direção do Grêmio. Se os sócios não vão ao estádio que se abra a possibilidade de outros torcedores irem. Futebol é com estádio lotado e com o povo tendo direito de acesso às arquibancadas. Todos os acessos levam ao Olímpico hoje contra o Atlético de Goiás.

Rafa Tosh é só sorrisos. Grêmio e Racing disputando títulos e Independiente se afundando na Argentina.

Defesa sem estrelas suou sangue e conquistou ponto importante contra o Palmeiras.

Marcelo Moreno foi escolhido por internautas gremistas o craque do primeiro turno.

Marcelo Grohe e Zé Roberto são os únicos gremistas entre os melhores nas suas respectivas posições na Bola de Prata, da Placar.

Time do Sonda completo é um cano. Mas com um grupo cheio de veteranos (acima de 28 anos), a incidência de lesões é maior. Hoje o São Paulo deve terminar de enterrar eles.

Fred a revelação do time do Sonda foi roubado do Atlético MG.

Será que assim como o Oscar a vontade dele de jogar no time do Sonda vai passar rápido ?

Árbitros brasileiros adoram um cartão amarelo (tomara que o meu cunhado não leia). Futebol tem contato. Não é qualquer falta que é passível de cartão. Fora o número excessivo de faltas marcadas por jogo.

FUTEBOL DE MESA

Caju disse tudo. A Federação que se prepare. Com a separação dos campeonatos brasileiros, muitos deles vão acontecer no RS. E, cada vez mais, botonistas vão se interessar em participar da competição.

Muita gente boa no campeonato desde o pré-brasileiro. O bicho vai pegar desde cedo.

Grêmio campeão em Belo Horizonte

Acho que nunca se falou tanto na base do Grêmio neste blog como agora. Sou um defensor de investimentos pesados nas categorias menores. É a saída financeira para qualquer clube brasileiro, todos eles atolados em dívidas. O Carraveta, que é meu professor em uma Pós na UFRGS, falava esses dias sobre como boa parte do patrimônio dos grandes clubes do Brasil está hipotecado. Triste realidade.

Fiquei muito feliz com a vitória o tricolor em BH, independente de quem esteja no comando da direção, torço pro Grêmio e mantenho a mesma postura crítica. Apesar de ser seguidamente acusado de oportunista. Aliás, oportunismo não é avacalhar todo mundo depois de conquistar o primeiro e até então único título na gestão do futebol de base ?

Se eu fosse realmente oportunista, poderia escrever: o Odone pegou o Grêmio em segundo no ranking no site Olheiros e, por enquanto, está entregando em nono. Mas a história não é bem assim: o ranking do site mais especializado em categoria de base do Brasil faz uma média dos últimos três anos. Então, muito do ótimo resultado que o Grêmio já teve na classificação deve-se a gestão anterior do deputado.

Aí o Gothe escreve:  “Bem meninos, se ouve de tudo, que as categorias de base do Grêmio não existem, que seus profissionais são escolhidos por influência de empresários, se planta tudo, se opina sem base sobre tudo. Então o ex-jogador do clube, Mabília, em um de seus primeiros trabalhos no Tricolor com o sub-20 leva o Grêmio ao título de Bi-Campeão da Taça BH, uma das mais tradicionais competições da categoria no país.”

O Gothe chama a matéria do Olheiros sobre a influência do Jorge Machado na base do Grêmio de plantada. Sério, nem merece questionamento ou avaliação essa afirmação. Na mesma edição em que o site exalta a vitória do tricolor em BH, ele também faz menção a vitória dos infantis do Vasco da Gama na Copa Amizade Brasil-Japão. Ou seja, a base vascaína é um sucesso só ? Não, na opinião do site.

Um jornalista do blog analisa os desmandos na base cruzmaltina. Onde muitos funcionários são colocados lá por que são cabo-eleitorais ou amigos do presidente Roberto Dinamite. Também faz denuncias dos problemas estruturais dos lugares onde as crianças treinam, que resultou na morte do menino Wendel, de 14 anos. Desrespeitando completamente o Estatuto das Crianças e Adolescentes (ECA). Infelizmente, uma regra comum de Norte a Sul deste país.

O blog que inovou no acompanhamento das competições de base no Brasil não merece algum crédito? Eu penso que sim.

Meu pai, já o citei aqui, é um dos caras mais gremistas que eu conheço. Sempre que não esta dando aula na escola federal, onde é professor concursado, ou viajando, ou em algum cinema de Porto Alegre carregado pela minha mãe que consegue ser mais apaixonada pela sétima arte que eu, ele vai ver os jogos da base gremista sejam eles no Olímpico ou em Eldorado.

Meu pai não conhecia o quarto zagueiro, a grande novidade do Mabília.  Ponto para o atual treinador, pois Felipe jogou bem, principalmente a final. O outro mérito do ex-meia, cria da base gremista, foi manter o Ygor como titular. O goleiro foi o nosso destaque no torneio. Parênteses: Aqui quando escrevo nosso, me refiro ao Grêmio do seu torcedor, sócio ou não, e não ao Grêmio móveis e utensílios de alguns dirigentes que se perpetuam no poder faz décadas. Fecha parênteses.

O Ygor e o lateral direito Tinga estão prontos para fazer parte do plantel em 2013. Quem sabe o Biteco e o Misael também. O meia jogou muito na primeira fase, mas uma lesão (ficou fora do jogo das quartas contra o Atlético MG) o prejudicou na reta final do torneio. O volante é o jogador mais técnico do time. Pesa contra ele uma acusação não formulada de que seria gato. Falando em gato, muito legal a matéria da Placar sobre o Emerson Scheik. Ele teve sua idade adulterada para passar numa peneira do São Paulo. Chegou a ser chantegeado por um empresário escroque que em troca do silêncio faturou dois milhões e meio de reais nas costas do talentoso atacante. 

É importante a base ganhar títulos, mas sua função principal é revelar jogadores para o time de cima. O Grêmio, nos últimos anos, vem pecando nos dois aspectos. Quem sabe o título em BH não mude essa dura realidade.

BASTIDORES DA BOLA

Caju, cadê você meu filho ?

Vê nesse link uma reportagem especial da ESPN sobre as falcatruagens da tua presidente.

http://www.youtube.com/watch?v=U6rJwPRI_1g

Essa matéria abaixo é do blog do José Cruz. Clubes de futebol que atrasarem o recolhimento de impostos aos cofres públicos poderão sofrer “punição desportiva”.

Traduzindo:

“Punição desportiva” seria a perda de pontos do clube devedor nas competições oficiais”.

A surpreendente proposta foi defendida pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, na reunião da Comissão de Turismo e Desporto, que trata da reformulação da Timemania.

A reunião, no último dia 27, na CBF, teve a participação do presidente José Maria Marin.

Também compareceram representantes do Internacional, Botafogo, Coritiba, Santos, Palmeiras, Vasco, Grêmio e Corinthians.

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O deputado José Rocha, que preside a Comissão de Turismo e Desporto, sugeriu que as dívidas fiscais – R$ 5 bilhões, extraoficialmente, para com a Receita Federal, FGTS e INSS – sejam compensadas por publicidade das empresas estatais nos uniformes e estádios dos clubes devedores.

Enquanto isso…

O Ministério do Esporte prepara projeto de lei para que os clubes amortizem suas dívidas ficais oferecendo espaços para a formação de atletas olímpicos, conforme divulguei na semana passada.

Este projeto de lei poderá se transformar em medida provisória, se a presidente Dilma Rousseff avalizar o bilionário calote dos cartolas, o que seria vergonhoso para a dirigente que busca dar perfil de moralidade ao governo federal.

Na prática, há uma movimentação para que a dívida não seja paga. Se a proposta de medida provisória falhar o “plano B” estará pronto para ser detonado.

Mas não se iluda, caro Leitor. Essa idéia de “punição desportiva”, de Del Nero, é conversa para boi dormir.

É para dar tom de compromisso ou seriedade ao assunto.

Porém, é exatamente isso que falta à cartolagem em geral. Ela enrola a dívida há mais de 15 anos, assina renegociações e assume compromissos que não cumpre.

O calote está a caminho, e com o apoio do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Bah!!! Quem diria!!!

Acho perfeitamente saudável o Governo Federal buscar soluções para cobrar a grana dos times de futebol. O que não pode é em um canetaço evaporar cinco bilhões dos cofres públicos.